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Empresas devem estar preparadas para eventuais reformas e alterações tributárias e dar importância ao planejamento tributário.
2019 chegou e trouxe consigo a perspectiva de grandes mudanças no setor econômico brasileiro. Entre os fatores decisivos para tal previsão estão a possível Reforma Tributária – que vem ganhando força nos bastidores em Brasília – e a diminuição dos encargos trabalhistas, desejo do governo Bolsonaro que deve sair do papel já nos próximos meses.
O cenário em questão liga o sinal de alerta nas empresas, uma vez que o planejamento tributário das mesmas deve ser realizado de maneira ainda mais estudada em meio às eventuais alterações. Segundo Henri Romani Paganini, Consultor Jurídico do Sindicato dos Contabilistas de São Paulo (Sindcont- SP), as possibilidades só destacam ainda mais o indiscutível: as empresas precisam se planejar financeiramente bem para sobreviver ao ano que está por vir.
“A ausência de planejamento tributário está entre uma das causas da baixa taxa de sobrevivência das empresas, dentre outros motivos, como a falta de planejamento do negócio e a capacitação na gestão empresarial”, destaca Paganini. “O planejamento é um dos pilares essenciais para que a empresa aumente a taxa de sobrevivência de sua atividade, tornando-se competitiva no mercado e com melhor estruturação do negócio, reduzindo custos com pagamento de impostos e taxas”.
O consultor jurídico destaca que, embora não haja nada concreto em Brasília, a possibilidade de uma reforma no sistema tributário deve ser vista como positiva pelos empresários. “A expectativa é que as mudanças tragam racionalização e segurança jurídica de todo o sistema tributário, buscando o aumento da competitividade nacional com o aumento do investimento na produção e geração de renda”, defende ele.
O mesmo se aplica aos encargos trabalhistas, que podem passar uma redução no governo de Jair Bolsonaro: para Paganini, isto impacta diretamente na criação e manutenção dos empregos, bem como no ciclo virtuoso da manutenção de crescimento da atividade empresarial.
Tal necessidade fortifica também uma condição há muito defendida por especialistas: a necessidade do profissional contábil no processo de planejamento dos negócios.
“O contabilista é o principal elemento para elaboração, acompanhamento e execução do planejamento tributário, devido sua posição de comando de uma série de operações internas da empresa, seus controles, conciliações e apurações dos impostos devidos”, assegura Paganini.
Por fim, o especialista em consultoria jurídica também defende a necessidade das reformas em questão, há muito esperadas pelos empresários brasileiros. “Num geral, esperamos que todas as mudanças e alterações sejam bem propostas e executadas pelos governantes e que impactem positivamente na vida de todos”.
Fonte: Portal Sped